Em sua recente visita à Terra Santa em celebração pela passagem do segundo Milênio do Cristianismo, o papa João Paulo II pediu perdão aos judeus e muçulmanos pela Igreja Católica ter, há 900 anos atrás, instigado a Cruzada que terminou por produzir um terrível massacre da população civil judaica e árabe de Jerusalém, por parte dos cavaleiros cristãos. Saiba como se deu esse assalto à Cidade Santa. "Pelas muralhas e portas, derrubando, destruindo, ou prendendo fogo no que se lhe opunha, o exército vencedor penetra então na cidade. O ferro semeia por todas as partes a desolação e a morte, o luto e o horror, suas companheiras. O sangue forma lagos ou corre em arroios que arrastam no seu curso cadáveres e moribundos." - Torquato Tasso - Jerusalém Libertada, Canto XVIII, 1575. "Insondáveis são os desígnios do Senhor!" Assim meditavam os cavaleiros cruzados na sua marcha pela Palestina em junho de 1099. Desde que saíram de Alepo, na Síria, em direção à Cidade Santa, só encontravam pelo caminho, areia, pedras, e chão árido, esturrado. O Jordão foi-lhes outra decepção. Cavaleiros viajados como Godofredo, Tancredo e Boemondo, que conheciam os rios europeus, o Pó e o Danúbio, largos, fluentes, desiludiram-se ao verem a modéstia daquelas lodosas águas beatas, e, no entanto, fora nelas, dizia a Santa Escritura, que João Batista ungira Nosso Senhor Jesus Cristo. Na expedição vinham ainda, sob o comando dos barões, uns dez mil homens, tendo a fome e a sede como companheiras. Seria mesmo ali, intrigavam-se, que se dera a Encarnação? Confirmava, porém, ser aquele um lugar milagroso, a existência de inúmeras capelinhas erguidas pelos peregrinos que, em devoção, homenageavam ali antiquíssimas relíquias. Numa delas, pasmem, encontraram até uma lasca da Arca de Noé! Mais espantados ficaram os cruzados quando lhes mostraram onde forjaram os cravos que prenderam o Salvador na cruz! Cada uma daquelas pedras em seu caminho, asseguravam a eles, testemunhara uma profecia, cada entranha na rocha acolhera um Malaquias ou um Isaias. Não duvidavam mais, a Palestina era o berçário dos iluminados de Deus, aquela era sim a Terra Santa. Finalmente, ao avistarem Jerusalém no dia 7 de julho de 1099, um êxtase místico os acometeu. De joelhos, o povo, os soldados e os barões, prostaram-se na frente dos seus muros. Lá dentro, alarmado com a chegada daqueles belicosos, o governador egípcio reforçou as defesas. Cidade escolada em assaltos e sítios, as muralhas de Jerusalém eram impressionantes, mas desta vez não deteriam a força da fé dos famintos de Deus. Pedro Eremita, líder da chusma cristã, sugeriu repetir o exemplo de Josué em Jericó. Que os cruzados derrubassem-nas a toques de corneta, enquanto evocavam o céu em piedosa procissão. Descalços, em trajes de penitentes, com rosários e ladainhas, os cristãos fizeram várias voltas ao redor da cidade sob as vistas zombeteiras dos guardas muçulmanos que, do alto das seteiras, assistiam espantados aquela inútil rezaria. Nenhuma pedra rolou das muralhas, nem um tijolo gemeu. Deram-se conta então, os comandantes surpresos, que lhes faltava madeira para o assédio. Conseguiram-na vinda do litoral, graças a presteza de alguns marinheiros genoveses. Construíram então aríetes e torres com elas. Rezando e praguejando arrastaram-nas para as beiradas dos muros. O assalto final a Jerusalém deu-se no dia 15 de julho de 1099. Pretende-se que foi Boemondo o primeiro cristão a pôr os pés no alto do fortim. A guarda muçulmana assustada recuou. Debandou. Conforme a soldadesca cristã embarafustava-se nas vielas que cercava a Mesquita de Omar e a Sinagoga, foram tomados por um furor homicida. Os pacíficos habitantes da cidade, judeus e muçulmanos, representavam para eles o demônio, a impureza, a profanação dos lugares santos. Não os perdoaram. Os árabes que encontraram no pátio da Grande Mesquita foram exterminados à espadaços e à lançadas. Aos judeus coube um destino pior. Encerrados no Templo de Salomão, queimaram-nos vivos. Pouparam apenas a vida do governador egípcio Iftikhar ad-Dawla, e dos seus guardas, a quem Raymond de Saint-Gilles, um cavaleiro de cabelos brancos, que "desdenhava ser cruel com os fracos", jurara proteção. Até hoje os historiadores embaraçam-se com o número das vítimas que os cristão fizeram em Jerusalém. Oscilam entre 6 mil a 40 mil mortos! E nem se pôde responsabilizar os chefes pela matança. Os barões bem que tentaram conter a soldadesca, mas ele escapou-lhes ao controle. Fanatizado, o cristão comum, considerando-se um vingador celestial, virara um animal feroz a quem um estripamento, uma carótida esguichando, ou a degola dos gentios, parecia a justa revanche dos tormentos de Cristo. Quem respirasse era morto. Mataram inclusive os animais domésticos. Uns anos antes da catástrofe, o poeta árabe al-Maari, que morrera em 1057, separara os homens em dois grupos: "os que têm cérebro mas não têm religião/ E aqueles que têm religião mas não têm cérebro". O Grande Massacre, ocorrido há 900 passados, além de ter azedado para sempre a relação entre os cristãos e os muçulmanos, permaneceu como um desses estúpidos altares sacrificiais erguidos pelos homens que têm religião mas não têm cérebro. |
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
cruzados
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Luiza? este é o nome da minina dos labios rosas

[Luuiza diz:
*aai eu gosto muito de ti de fala contigo das brincadeiras q tu faz
*tu tbm já deve ter percebido]
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Amigos
Amizade. Um bem precioso a ser preservado
e cultivado com muito desvelo e carinho.
e cultivado com muito desvelo e carinho.
Quando temos a certeza de que nas horas mais difíceis podemos
contar com alguém ao nosso lado, então descobrimos a
verdadeira amizade e que sempre haverá uma
mão estendida em nossa direção.
contar com alguém ao nosso lado, então descobrimos a
verdadeira amizade e que sempre haverá uma
mão estendida em nossa direção.
E que estendida em nossa direção se torna talvez a nossa única
salvação. Ter amigos é não estar só. Ter amigos é
poder partilhar segredos, lágrimas e sorrisos.
salvação. Ter amigos é não estar só. Ter amigos é
poder partilhar segredos, lágrimas e sorrisos.
Amizade é companheirismo, respeito, carinho e fraternidade.
Feliz daquele que tem ao seu lado um verdadeiro amigo.
Feliz daquele que tem ao seu lado um verdadeiro amigo.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Serenidade
Os anjos chamam-lhe de alegria celeste
Os demónios chamam-lhe de sofrimento infernal
Os Homens deram-lhe o nome de amor
Os demónios chamam-lhe de sofrimento infernal
Os Homens deram-lhe o nome de amor
sábado, 5 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
The Heart Never Lies - mcfly
Algumas pessoas riem
Algumas pessoas choram
Algumas pessoas vivem
Algumas pessoas morrem
Algumas pessoas correm
Direto para o fogo
Algumas pessoas se escondem
Todos os seus desejos
Mas nós somos os amantes
Se você não acredita em mim,
Então olhe dentro dos meus olhos
Porque o coração nunca mente
Algumas pessoas lutam
Algumas pessoas caem
Outras fingem
Não ligar para nada
Se você quiser lutar,
Eu ficarei bem ao seu lado
No dia que você cair,
Eu estarei bem atrás de você
Para recolher os pedaços
Se você não acredita em mim,
Olhe dentro dos meus olhos
Porque o coração nunca mente
Outro ano acabou,
E nós ainda estamos juntos
Nem sempre é fácil,
Mas eu estou aqui para sempre
Porque nós somos os amantes
Eu sei que você acredita em mim
Quando olha dentro dos meus olhos
Porque o coração nunca mente
Porque o coração nunca mente,
Porque o coração nunca mente.
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